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domingo, 22 de maio de 2011

Lag Ba´omer: às voltas com Bar Iochai e o esplendor da memória - Elias Salgado


O Zohar, de autoria de Rebi Shimon Bar Iochai
 Não será esta, a primeira vez que relato sobre o profundo impacto que Ribi Shimon Bar Iochai causa em mim - não sei se já escreví - que estas são as primeiars palavras de que me recordo ter ouvido de meu pai. Tenho certeza que sim.

Imagino que a maioria de vocês saiba da relação existente entre Lag Ba´omer e aquele grande sábio cabalista a quem a tradição atribui a autoria da maior de todas as obras da Cabala -a mística judaica, o Sefer HaZohar - o Livro do Esplendor, sobre o qual muito se fala e pouquíssimo se sabe, e eu sou mais um. E como muitos que não vão à fonte e não conhecem a obra, fico com o autor e com o que ele representa em minha identidade.

É deveras interessante o processo no qual se dá meu conhecimento acerca do sábio Shimon Bar Iochai.Numa primeira fase, eu  sabia seu nome e não  o conhecia. Numa segunda, fui apresentado a sua biografia e a pouquíssimo de sua obra, mas havia momentaneamente me esquecido do que ele significava para  mim,  para "los nuestros" e para minha família, em particular.

Somente, na idade adulta, quando voltei meu interesse, quase que totalmente, à memória familiar e judaico amazônica de origem sefaradi marroquina, é que ele me veio novamente à tona - e desta feita quase que por inteiro: agora sei o que significavam aquelas primeiras palavras apreendidas no seio da família, em particular, meu pai, que o evocava :"meu Ribi ShimonBar Iochai", em situações drásticas ou de eurofia.
Perdoem-me a intimidade: "pau pra toda obra" aquele Bar Iochai de meu pai...

Em minha adolescência passada em Israel, o elemento tradicional e nacional de Lag Ba´omer - o chag que evoca a revolta contra os romanos e o estudo da Torá, bem como os pequeniques nos bosques reflorestados  do KKL;  as encantadoras fogueiras e as mágicas noites de roda de música e dança- era o orgulho nacional em seu esplendor( zohar).

Mais recentemente,com o interesse voltado às raízes familiares e ao estudo da origem sefaradí-marroquina, eis que me ressurge Shimon Bar Iochai na forma de Hilulot, seja nas diversas comunidades da Diáspora Sefaradita, seja nas multidões de peregrinos que visitam seu túmulo em Israel, no lugarejo de Meron. Entre os mais tradicionais e apegados, não há um que não possua uma foto dele em alguma parede da  sua casa.

2 comentários:

  1. Aprendi a ser uma grande admiradora da cultura e da tradição judaica, através do que me foi transmitido oralmente e pelos seus escrito e conhecimento; e por seu desejo de manter viva essa tradição e a conexão dos imigrantes judeus na Amazônia

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  2. Querida Marizinha, mesmo "sendo de casa" e portanto deveras suspeita, amei o carinho de sua mensagem. Por tudo, sou,
    Imensamente grato.
    Elias

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