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domingo, 8 de maio de 2011

Yom Haatzmaut: o fim da travessia? – Elias Salgado



Quis o destino, que o desenrolar da História do povo judeu tivesse a seguinte sequência de fatos: em Pessach se rememora onde e como tudo começou para  esta nação – no exílio do Egito, onde eram escravos e de onde foram libertados, para surgirem como povo após o nascimento de uma nova geração de homens livres que liderará o povo em sua entrada na Terra Prometida à Avraham.- a Terra de Israel.

Em sua terra, como homens livres e independentes, construíram uma História de glorias e tragédias, até que a maior de todas as tragédias, a destruição do Templo Sagrado de Jerusalém e a conseqüente dispersão, levou o povo novamente ao exílio numa diáspora de dois milênios.
Novamente, intercalando momentos de glória,  perseguições e tragédias, como a Inquisição e a Expulsão de Espanha, até que a maior de todas elas, a Shoá, levou 6 milhões dos nossos ao extermínio, num genocídio sem precedentes. Seria o fim trágico desta travessia histórica?
Não, longe disso; mais uma vez o Povo de Israel se levantou e juntando seus “pedaços”,os sobreviventes da tragédia nazista, agora transformados em refugiados se recompôs: parte deles dirigiu-se  ao Novo Mundo, onde reconstruiu  sua existência, formando novas comunidades e fortalecendo o povo na diáspora.
A outra parte tomou a resolução de empreender a continuação da eterna “travessia’, rumando para o futuro, ao dirigir-se ao passado, à origem – o  oriente, onde tudo começou e lá retomou sua história reconquistando a independência perdida e fundado o moderno Estado de Israel.

Declaração de Indepedência do Estado de Israel


Passados 63 anos, a nação reconstruída baseada na ética de seus profetas, mostra ao mundo todo o seu vigor, tornando-se um país modelar na área social, científica, tecnológica, cultural e um raro exemplo de democracia, para o mundo e para seus vizinhos.
Teria finalmente chegado a seu destino histórico, seria este o fim da travessia?
A resposta é não; a paz  tão imensamente alentada está longe de chegar, ao contrário de uma visão concreta, vem tornando-se dia-a-dia numa miragem apenas.
Seria este o destino? Não sou determinista, apesar do ceticismo atual- não dá para ser pragmático nesta questão,sem no mínimo sê-lo- como entendo que existam “n” possibilidades para a paz, não vejo por que falar em destino e sim acreditar que chegaremos a outra margem da História, a um porto razoavelmente seguro

"Terra à vista" : fim da "travessia"?

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